Amor... estranha coisa essa... engraçado que ande meio mundo... ou o mundo inteiro à procura de uma coisa que não é palpável...
O ghostbusters podia ser refeito com uma espécie de aspirador que suga amor e ia dar ao mesmo... ninguém sabe ao certo o que é, todos procuram e muito poucos acham... a maioria acha que acha... Mas não se vê.
Li algures, esta semana, que o amor não é mais do que a libertação da nossa mente em função de uma parte exterior a nós que pela sua beleza ou qualquer outra qualidade, foca o nosso pensamento de tal forma que nos liberta ficando presos. Parar a mente ou pensamentos são o habitat do amor, pois só assim vivemos o mundo na sua plenitude e verdade sem condicionamentos passados ou futuros.
Eu não percebo um caralho do que è o amor...
Sempre que achei que o tinha achado, vivi-o e logo paguei muito caro por isso... è uma transação fraudulenta.
Não existe um preçário que nos avise que viver o suposto amor, vai custar pra cima do kilo da trufa negra de Perigord, assim que nos tiram o brinquedo... onde está a ASAE quando è preciso!?
Qual a alternativa a isto? Viver sem sentir? Passar de experiência em experiência sem estar nela? Colocar prazo de validade ao amor assim que o sentimos?
Os filmes desta temática parecem ser profundos e bonitos quando se tratam de amores impossíveis... a realidade de bonita nada tem quando assim acontece... porque será que è tão fascinante um amor impossível?
Se a nossa mente para quando encontra esse amor maior e esse mesmo amor nos è retirado no pico da alienação de uma mente conturbada, ficamos para sempre agarrados à fonte de alimento dessa felicidade que deixamos de ter. È uma fome Biafra e de repente esse alimento apresenta-se na base da pirâmide de Maslow.
Se o desencantamento não for parte posterior do processo de encantamento, este fica em nós como a única verdade e realidade e a nossa mente entra em loop como um disco riscado a tentar voltar a entrar no ritmo.
Não adianta estarmos muito conscientes a um nível racional de forma a por termo a este buraco emocional, já que, o pensamento e o amor não coabitam... vivem em planos diferentes ou até mesmo opostos se considerarmos que o amor se revela na ausência de pensamento.
Em suma... puta que pariu o amor... dà-nos tudo e tira-nos muito mais...
Agora sim... a mente alimentada por um amor impossível e do sofrimento que daí è proveniente perde a libertação anteriormente conseguida e è condenada a uma prisão perpétua onde pensamentos ruminantes são a tortura num auto interrogatório em busca da verdade única.
Leio, escreve, falo, choro, tento, falho, sigo em frente, fico preso... tudo ao mesmo tempo numa tentativa de encontrar algo que se assemelhe à paz que já tive... mendigo por tostões pra comprar a minha droga... a ressaca è perturbadora.
Sei que não quero não sentir... mas sentir isto tudo è infernal. Amores impossíveis só no cinema e se possível a contrastarem com a nossa realidade que è feita de possibilidades.
São vidas... sofridas e desgastadas... sem sossego.
Beijos vários,
PM
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